domingo, 8 de abril de 2018

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Editora Circo


Acervo Gibiteca Henfil - Am 
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Editora paulistana, fundada em 1984, famosa por lançar, no ano seguinte, a revista humorística “Chiclete com Banana”. Na ocasião, o editor Toninho Mendes se associou a outro colega, Arlindo Mungioli (dono da editora Análise) para lançar a publicação. Com o bom resultado do número 1, a dupla recebeu carta branca para tocar a edição 2. Mas, pouco antes da nova “Chiclete” entrar na gráfica, Mungioli abandonou o barco. Uma das HQs da revista de estreia, focada em drogas, tinha lhe criado problemas com a família. “Fora que na 'Chiclete' 2 a gente colocou uma história antológica do Paulo Caruso em que ele tirava sarro dos comunistas. E o Arlindo era muito ligado ao partido comunista naquela época”, esclareceu Mendes em matéria publicada pela revista “Mundo dos Super-Heróis” 54.

Com a saída de Mungioli, Mendes passou a contar com a ajuda do desenhista Angeli na edição. O quadrinhista criou até um personagem encarnado por Mendes, o Pequeno Lobatinho, que rendeu várias fotonovelas.

O sucesso da “Chiclete com Banana” permitiu à editora alugar uma sede no bairro da Pompeia e criar outros títulos, como a revista “Circo”.

Como empresário da editora, Mendes tinha que lidar com problemas como a inflação da época, tinha que comprar papel, negociar com distribuidores, pagar funcionários, controlar estoques etc. Era coisa demais para uma pessoa que também encabeçava a parte artística da Circo. “Fora isso, havia as locuras da minha vida. Muita droga, mulher, bebida... Se existe a nau dos insensatos, eu sou a própria insensatez”, desabafou o editor. “Faltou alguém para me ajudar na administração. Por exemplo: na tiragem da revsta da morte da Rê Bordosa, fizemos 100 mil e vendeu tudo. Se eu tivesse alguém para me acessorar, teríamos feito 300 mil. Eu não tive essa visão”.

Outra crise surgiu no final de 1987, quando a revista “Circo” ficou desfalcada da presença de Luiz Gê, que foi estudar design em Londres. Inicialmente ele ficaria um ano por lá, mas a estadia se estendeu por dois anos.


Em 1992, com o cancelamento de títulos, a Circo entrou um uma nova fase, funcionando mais como estúdio.

Após fazer uma parceria com a editora Sampa, de Carlos Casamata, que cuidava da compra de papel, impressão e distribuição, Mendes lançou uma nova leva de revistas, com os mesmos autores da casa: Laerte, Glauco e Angeli. Mas os tempos eram outros e tudo parecia uma sombra do que foi a Circo, pois muito do conteúdo vinha de republicações e dasm tiras já publicadas na “Folha de S. Paulo”.


A Circo publicou revistas em quadrinhos até 1995. 

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