terça-feira, 15 de abril de 2014

A ENTREVISTA Stan Lee

STAN LEE
* Tom Russo
A ENTREVISTA
Stan Lee tem dificuldade em apontar coisas. Não importa que tenha um dom quase mágico de bolar personagens e foi o responsável não só pelo surgimento do Universo Marvel,mas de boa parte do imaginário popular da última metade do século.
Quando chega a hora de apontar o melhor artista entre a infinidade de lendas com quem trabalhou, ele enrola, faz que vai, não vai e tira o time de campo. E, enquanto os fãs perguntam o tempo todo sobre o que está segurando os projetos da Marvel para o cinema, Lee insiste que as razões dessa demora não são fáceis de se  explicar. Fazer o fundador da Marvel falar de sua companhia ou do panorama da indústria é como tentar atirar no Mercúrio, do X-Factor. Atualmente, o lançamento da Excelsior, uma linha de super-heróis independentes para a Marvel que ele vai editar em seu escritório de Los Angeles, é um dos projetos que mais tem ocupado Stan Lee. Numa tarde de setembro na praia de Malibu, durante os preparativos para uma viagem a Nova York, onde faria uma participação especial no filme Mallrats, o grande guru dos quadrinhos sentou-se com a WIZARD para dar sua entrevista definitiva.

Wizard : Fale sobre o que mais você fez antes de se estabelecer nos quadrinhos.
Stan Lee : Bem, comecei a trabalhar com 15 anos. Ainda cursava o colegial e arranjei um emprego de meio período entregando sanduíches em Nova York. Em todas as entregas, eu saía disparado. Todos os outros entregadores andavam devagar e me diziam: “Por que você está se matando?”. E a minha resposta: “ ESTOU DESCOLANDO GORJETAS!”. Eu pensava: “Esses caras  são idiotas. Com as minhas corridas, faço duas vezes mais entregas do que eles e embolso duas vezes mais gorjetas”. E nunca mais parei de correr.

Pra onde você correu em seguida?
Ah, tive um monte de outros empregos. Com 16 anos, fui lanterninha num grande cinema na Broadway chamado Rivoli. Naquela época, ser lanterninha era como ser cadete da academia militar de West Point. A chefia te inspecionava quando você se apresentava ao trabalho pela manhã. Um dia, Elanor Rooosevelt foi ao nosso cinema e, adivinha! Foi direto até a minha fileira. Como fiquei orgulhoso... Eu estava indicando o caminho da mulher do presidente. Empinei o queixo e fui andando. Mas algum cretino botou o pé na frente e eu cai de cara. Só sei que, quando abri o olho, a primeira-dama colocou as mãos nos meus ombros e disse: “Precisa de ajuda, mocinho?”.
UAU!

Seja como for, depois eu vi um anúncio no jornal: PROCURA-SE ASSISTENTE EM EDITORA.
E esse classificado era da Timely Comics, que tempos depois se tornou a Marvel.

Exatamente. E acho que fui o único que respondeu ao classificado, porque descoleio emprego. Eu nem mesmo sabia que se tratava de uma editora de histórias em quadrinhos, mas imaginei: “Vou aceitar o emprego,ganhar experiência e cair fora”, Nunca mais saí de lá . E está é a história da minha vida ( risos ).
Mas você não tinha algum parentesco com Martin Goodman, o sujeito que fundou a Timely?

Ele era marido de uma prima minha. Esse foi o máximo de parentesco que tivemos ( risos ). A gente nem se conhecia.
 Isso era por volta da Segunda Guerra Mundial. Quando você serviu o exército?

Me a listei no exército com uns 18 anos. Acho que já estava trabalhando pro Martin a pouco mais de um ano. Pensei que ia pro estrangeiro, mas alguém descobriu que eu trabalhava com quadrinhos. Daí me mandaram pra Astoria, em Queens, onde o exército tinha uma divisão de cinema. Fui escrever roteiros de filmes de treinamento manuais de instrução, mas também desenhei um cartun que deve ter sido um dos mais famosos da Segunda Guerra. Me pediram  pra fazer um pôster convencendo os soldados a irem a uma estação de tratamento caso  tivessem andando com alguma menina. Agora, me diz como colocar isso num pôster?
Ou em qualquer pôster!

Bem, desenhei um cartum de um soldado a caminho da estação, sorrindo orgulhosamente. Então pus um pequeno balão sobre sua cabeça com os dizeres: Doença Venérea? Comigo Não!. Devem ter distribuído 200 trilhões desse pôsteres. Eu ganhei a guerra sozinho ( gargalhada ).
Não foi extamente um Sargento Fury. Mas mudando de assunto de volta ao front doméstico, qual era o tamanho da Timely naquela época?

Ah, quando cheguei lá, era só o Joe Simon e Jack Kirby. Jack era o artista e Joe, o editor. E como a Timely não tinha muto mais funcionários além dos dois, o Martin Goodman comprava material artística adicional da Funnies, Inc. O Tocha Humana e o Príncipe Submarino foram comprados da Funnies.
Você progrediu rápido depois que foi contratado?

Eu era jovem e não tinha experiência com publicações, por isso no começo só entregava recados. Mas comecei a participar do processo criativo muito rápido Joe e Jack me davam revisões para fazer e eu pensava com meus botões: “Nossa, eu também posso escrever isso”. Então acabaram, me pedindo pra escrever algumas coisa e foi assim que me tornei roteirista. E não muito tempo depois da minha chegada Joe e Jack saíram. O Martin precisou de alguém para substituir Joe como editor e me perguntou: “Você acha que pode encarar o trabalho enquanto procuro um adulto?”. Quando se tem 17 anos, a gente acha que pode tudo! Eu disse claro e me tornei editor. Ao que parece Martin não encontrou mais ninguém, porque fiquei no cargo até me alistar. Depois, voltei e trabalhei como editor, diretor de arte e roteirista-chefe até me tornar Publisher em 1972.
Fanboy  tornou-se um termo muito popular neste ramo. Você era essencialmente um fanboy anos atrás ou havia um tipo diferente de entusiasmo pelos quadrinhos naquela época? ( Nota do tradutor: “fanboy” é a maneira de se designar um fã de quadrinhos que acaba trabalhando na área ).

  Sabe de uma coisa, não acho que era diferente de hoje. Atualmente, a maioria das pessoas está no ramo porque são fãs e, naquela época era  a mesma coisa. Eu era um grande admirador do Jack. Adorava Capitão América. Quando comprei uma edição pela primeira vez não dava pra acreditar. Estava muito à frente de qualquer outra coisa. E Joe e Jack eram os caras que tinham produzido aquela revista. Por isso, quando apareci pra trabalhar pra eles, fiquei muito, muito impressionado. Eram os meus deuses.
Muita gente não sabe que seu verdadeiro nome e Stanley Lieber, não é mesmo?

Bem, eu sou Stan Lee há tanto tempo... mas é isso mesmo. Meu nome era Stanley Martin Lieber. Um nome adorável. Poético! Mas, quando comecei a escrever gibis, achava que ainda escreveria o “Grande Romance Americano” e quis guardar o Stanley Martin Lieber pra isso. Daí, cortei meu primeiro nome na metade e pensei: “Vou usar esse pros gibis, porque é só um emprego temporário”. No fim, fui ficando e cada vez mais gente passou a me conhecer como Stan Lee. Que é um nome bem ridículo...
Já se escreveu que, nos anos 50, quando a indústria começou a capengar você estava pra deixar os quadrinhos.
Trabalhei pro Martin Goodman todos aqueles anos e foi muito bom. Ele entendia do assunto, mas achava que os quadrinhos eram um meio de comunicação apenas pra gente muito jovem. E eu estava cansado de escrever roteiros simplistas com palavras que jamais excediam duas sílabas. Finalmente, em 1960, disse à minha esposa: “Joan, eu  quero cair fora”. Ela respondeu: “Sabe Stan, você sempre disse que gostaria de escrever histórias diferentes . Por que não faz isso e edita uma revista do jeito que você quer? O pior que pode acontecer é o Martin te demitir. E você quer pular fora de qualquer jeito, né? Então o que tem a perder?”. Foi por este motivo que nós começamos o assim chamado Universo Marvel. Tudo culpa da minha mulher.
De onde você tirava tanta inspiração para todos esses personagens?
Nem imagino de onde vinham as idéias. Se eu pensar a respeito, quem sabe descubra.

Bem que tal os X-Men?
Essa é fácil! Na época em que fiz os X-Men, eu já havia esgotado os meios dos personagens adquirirem seus superpoderes. O Homem Aranha tinha sido picado por uma aranha radioativa. O Quarteto Fantástico, atingido por raios cósmicos. Thor era um deus e ponto final... Então disse: “Vou facilitar as coisas pra mim. E se as pessoas simplesmente nascessem desse jeito? E se fossem mutantes?”. Isso não é nada. É só uma idéia. O importante é  bolar personagens que os leitores gostem. Você pode ler a maior trama do mundo, mas se não tiver interessado nos protagonistas , a história não vai significar nada. E pra mim criar personagens é a coisa mais divertida do mundo, até mais do que escrever. Essa é a razão porque sou um escritor tão rápido. Quanto mais rápido redijo, mais cedo termino. É provavelmente a única razão porque fiquei tanto tempo nos quadrinhos. Tive um monte de ofertas para escrever livros e roteiros de filme, mas a idéia de redigir alguma coisa que me ocupasse por dias e semanas sempre foi aterradora. Gibi, a gente escreve em um dia e depois acaba. Claro que na manhã seguinte, tem que começar tudo de novo e ainda assim, nenhum projeto dura mais do que um dia ou dois.

De onde veio sua marca registrada de dizer Excelsior?
Adoro expressões . A primeira que usei bastante foi “nuff Said”. Aí eu percebi que revistas concorrentes também andavam usando o mesmo. Então pensei: “Dane-se. Vou bolar outra expressão”, Mas tudo que eu criava, pouco depois começava a pulular em outras revistas. Por isso finalmente optei por Excelsior. Imaginei que ninguém mais usaria, porque nem mesmo sabiam que diabos significava a palavra. Nos tempos do rei Arthur queria dizer sempre pra cima.
Muito bem, prepara-se. É chegada a horas do terrível jogo de associação de nomes.
Ah, eu sou terrível nessas coisas, mas tudo bem.
Jack Kirby
O mestre
Steve Ditko
O gênio sem igual.
John Romita Sr
O melhor que há
John Buscema
O Michelangelo dos quadrinhos. Ele não tem um estilo chamativo, por isso não tem tantos fãs quanto alguns outros, mas pode desenhar qualquer coisa e melhor do que ninguém.
Vamos, Stan. Agora abra o jogo. De todos os artistas com quem você trabalhou, quem é o seu favorito? O Buscema?
Ah, eu trabalhei com tantos. Teve o Steranko. O Barry Windsor-Smith. Depois, Gil Kane, Ross Andru, Joe Sinnott...
Tudo bem, mas agora você tem que nos dizer quem é seu personagem preferido.
Eu teria  que dizer que meus dois personagens favoritos são o Homem Aranha e o Surfista Prateado. O Homem Aranha, porque se tornou tão famoso e nos identificamos muito. O Surfista Prateado, porque sempre adorei botar, na sua boca, um montão de coisas que realmente expressavam muito da minha filosofia de vida.
Dizem que o primeiro título do Surfista Prateado foi cancelado em 1970 porque Martin Goodman teria dito: “Vamos alterar o personagem. Chega de filosofada”.
Isso mesmo. Eu preferi cancelar a revista. Mas sempre tive sorte com o Surfista. Kirby criou o personagem e fez um trabalho magnífico. Depois, veio o Buscema, que foi fantástico. Então, fiz aquela edição especial com o Moebius e achei o cara brilhante. É, tenho muito orgulho do Surfista. Na verdade, gostaria que ninguém mais tivesse posto a mão nele. Mas, depois de um tempo a Marvel decidiu trazer o homem de volta. Eu não tinha tempo de escrever e não teria sido justo fazer um escândalo federal e dizer: “Não ,não,não façam isso”. Pelo menos, sei que escrevi todas as primeiras histórias. Pra mim, é nelas que está a quintessência do Surfista Prateado.
Por falar nessa primeira histórias, elas suscitaram novo interesse, uma vez que Jack Kirby não parava de dizer que talvez você tenha recebido crédito demais enquanto ele nem tanto.
Pode ser verdade, Jack merece grande parte do crédito. Não acho que aquelas histórias teriam sido o sucesso que foram sem a mão dele. A sua arte era um grande fator de inspiração pra mim. Quando Jack desenhava uma história ele sempre acrescentava coisas que não tínhamos discutido antes. Nunca tentei diminuir o mérito do seu trabalho. Quanto ao fato de eu ter crédito demais, quem sabe? As palavras que você lê em todas aquelas histórias eram minhas. Eu dizia: “Jack, bole um personagem chamado Hulk. Ele tem que ser deste e desse jeito. E assim por diante, com todas as revistas”. Depois que começávamos, Jack dava contribuições enormes aos roteiros. E , mais tarde, alguns roteiros. E, mais tarde, alguns roteiros eram inteiramente dele. Uer dizer, o homem simplesmente me trazia vários argumentos e eu nem ligava. Ele era tão bom , que escrever o texto final era muito divertido pra mim. Sempre achei que tínhamos um relacionamento de trabalho maravilhoso.
Como você definiria seu papel na Marvel hoje?
Na Marvel Comics, ainda sou Publisher e diretor , mas é um título mais honorário do que qualquer coisa. Sempre achei que, se você não tem responsabilidade , não deve exercer autoridade. Se as coisas vão mal na Marvel Comics, ninguém pode me culpar. Então, não é justo que eu tente dizer a quem está no comando o que fazer ou como fazer. Por isso, apenas ofereço consultoria e tento ajudar as equipes criativas da melhor maneira possível. Na Marvel Films, sou o co-produtor executivo de todos os nossos filmes, projetos de TV e desenhos animados. Trabalho com Avi Arad ( presidente da Marvel Films ) e nós dois iniciamos esses projetos tentando trabalhar com osmelhores roteiristas e diretorese lutar pra que tudo seja colocado nos melhores estúdios.
Você disse que parte do apelo de redigir um gibi é o desfecho rápido. Os filmes são um negócio onde as coisas andam muito lentamente...
Mas a gente aprende. Quer dizer, você tem que viver com as regras. Já me disseram: “Você não acha péssimo não ser dono dos personagens que criou?”. Eu não me sinto mal porque aquelas eram as regras quando criei todos eles. Sempre vivi de acordo com elas. E já aprendi quais são as regras em Holywood. É assim que os filmes são feitos. Por isso, se você fica conhecendo os bastidores de um projeto, vê que demora cinco, seis, oito anos desde o momento em que alguém escreve o roteiro até as estréia do filme. Alguns deles andam rápido, como O Máskara. Você tem Jim Carrey, um bom roteiro , o estúdio certo e, em um ano ou dois, está tudo pronto. São exceções.
Você encomendou meia dúzia de seus scripts a David Goyer, o roteirista da continuação de The Crow. Ele parece ser um sujeito talentoso mas não é ruim deixar tanto material com um só roteirista?
Não, não. Ele é muito rápido e muito bom. Se der conta do recado, ótimo. Na hora em que entregar um roteiro ruim, a gente não compra . Eu tive mesmo problemas anos atrás quando trabalhava pro Martin Goodman. As pessoas diziam “Por que você deixa o Stan escrever tantas revistas?”. E ele respondia: “Ora as histórias são boas. Quando deixarem de ser ele não escreve mais”.
A verdadeira força da Marvel Films até o momento foi a animação. Como você classifica X-Men e os desenhos animados que vieram depois dele?
Eu estava assistindo ao X-Men outro dia e fiquei pasmado de ver que depois de três anos, os episódios  parecem tão novos e empolgantes quanto no início. Em seguida veio o Homem-Aranha e, no primeiro anos, já é uma tremenda série. Isso é bom demais. E acho que todo mundo vai ficar impressionado com os desenhos animados na próxima temporada da Marvel Action Hour. Ela está à altura de X-Men  e Homem Aranha. É uma série totalmente diferente desta temporada.
Houve mudanças na equipe criativa da Marvel Acton Hour?
Sim. Mudamos todos os que estavam produzindo o show. Do pessoal produzindo o show. Do pessoal que faz os storyboards e layouts ao diretor, são todos novos. Vi alguns dos primeiros desenhos e são maravilhosos.
O que você acha  da situação dos quadrinhos hoje?
Tenho muito orgulho dos rapazes da Marvel. Acho que há muitas idéias novas e um monte de surpresas nas revistas. Você lê os fanzines e algumas pessoas dizem: “A gente não gostou desse história, de clonagem do Homem-Aranha”. Bem. Você pode não gostar, mas vendeu. Gerou muito interesse. E acho que a saga Age of Apocalypse nas revistas dos X-Men foi brilhante. Obviamente,as histórias estão bem mais violentas e sombrias do que anos atrás, mas o mundo está mais violento e sombrio.
Mesmo aasim, recentemente a Marvel cancelou um monte de títulos. Você acha que o surgimento da Image Comics em 1992 deixou um vácuo de talentos.
Umas das coisas mais sensacionais no ramo das histórias em quadrinhos é que ele cresceu tanto e tem um número tão grande de jovens querendo  ser artista  e roteirista que não há mais escassez de talentos. Todo dia aparece um guri genial de 18 anos batendo na porta, louco para desenhar ou escrever um revista. Talvez eu esteja bancando cretinamente a Poliana, mas desejo toda a sorte do mundo a Image. Eles são todos rapazes simpáticos e talentosos e triunfaram em quase tudo que fizeram. Acho isso ótimo.
Em nenhum momento de sua carreira você sentiu um desejo ardente de trabalhar para a concorrência?
Anos atrás quando as histórias de super-heróis não apreciam estar indo a parte alguma adoraria ter escrito Super Homem, Batman e Mulher Maravilha. Agora esses personagens não parecem mais precisar de mim, mas eu sempre pensava: “Rapaz, aposto que deixaria esses caras populares de novo. Hoje acho que me divertiria escrevendo Lobo”.
De todas as histórias que você escreveu, qual é a sua favorita?
É difícil dizer. Às vezes passo os olhos num volume de Marvel Masterworks ou alguém me traz um revista para autografar e topo com uma história de que não me lembrava mais. Então digo: “Uau! Está é uma das minhas favoritas!!!”
Ah, Stan! Assim não tem graça. Eu estava folheando Marvel Masterworks outro dia e vi um história que eu tinha esquecido completamente...
Mas há tantas. Teve uma história do Demolidor. Era sobre um amargurado veterano do Vietnã que tinha ficado cego. Esse sujeito estava encrencado. O Demolidor aparece para ajudar e encorajar o cara. Gosto de história que tenham calor humano e acho que essa em particular, é uma delas. Também teve as três histórias do Quarteto Fantástico que passaram a ser chamadas de A Trilogia do Galactus. Adoro esse nome. Nas minhas palestras em universidades, os alunos diziam: “Falem-nos da trilogia do Galactus”, e eu me sentia importante. Acho que todas as história que escrevi na revista do Surfista Prateado, da primeira à última, foram excelentes. E adorei muitas das revistas do aranha. Na verdade, não posso mesmo dizer qual foi meu gibi favorito. Eu amei todos.  
* Colaborador da Revista Wizard - O Guia dos Quadrinhos / Número 1 - Agosto 1996